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começo de conversas sobre soltar as borboletas do estomago- cartas ao pai

 Eu constantemente me perco em mim, é comum eu parar no meio do caminho e olhar para onde estou indo. Numa escalada, eu paro algumas varias vezes! dificilmente serei pega de surpresa por um gavião ou um ninho de pássaros ferozes e com fome, mas pode acontecer. Se acontece, eu me assunto, como se aquilo fosse me devorar, eu não confio que não. Escuto sobre deixar a musica tocar, fluir, mas é difícil de fato deixar. Eu entendo que talvez tenha precisado de controle durante muito tempo para poder viver como achei que deveria. Me assusto quando penso o que passei, ou imagino que tenha passado, eu não me lembro de quase nada, as marcas estão aqui, mas nem consigo vê-las direito. Eu sempre precisei assumir o controle, parece que sempre fui cobrada disso, eu precisava saber qual era o próximo passo, pq será? o medo de ser atacada por uma gavião. o desconhecido era cruel, batia em quem eu mais amava, botava em risco a vida dela, e a minha, mas eu não podia controlar, o que será que eu pensava?

Mudança

 São estranhos os caminhos dos desejos. Um dia você ta tentando, você intenciona, se apaixona, noutro você tá indo lá, pegar , sentir o desejo com as próprias mãos. O meu desejo de ir para curitiba vem desde 2014, ou talvez antes...eu adorava o jeito de tratar e falar do lucas e quando fui conhecer a cidade, bem, ela é bonita, funciona de um jeito que eu vejo semelhanças com meu modo , minhas preferências, o universo foi me dando pequenas doses de lá, com os congressos, as viagens, a raissa morar lá...foi um encontro de muitas possibilidades. As árvores, as ruas, as pessoas, a comida, o jeito de falar... mas agora vem o medo, e se não passar de uma projeção idiota, de uma menina nortista iludida que imagina coisas de lugares onde so esteve por alguns dias...e se tudo isso que as pessoas falam de ser um lugar frio, com pessoas pouco afetivas, e se eu não conseguir me enturmar, fazer rede, e se eu sofrer mais ainda pela diferença...e se não conseguirmos nos bancar, sermos adultos. O pont

Corpos controlados sendo resignificados

R epensar o corpo, passa por caminhos tortuosos, tensos e pouquíssimo confortáveis. A tarefa de re pensar começa em supervisão, desenhei uma linha da vida que passou pelo corpo, minhas sensações lembradas. Lembro bem que coloquei um bandeide na minha adolescência, era para esconder os funrunculos, espinhas, sinais...mas me parece que coloquei um bandeide mesmo no que não queria ver e não queria que os outros vissem.  Controle, tocs, rituais, medos sendo acessados, ui. A dificuldade de expressão não é gratuita, foi uma necessidade quase que instintiva no meu crescimento{ pai, familia], mas é mesmo como se colocasse bandeides nas minhas cicatrizes, nas minha feridas  e so quisesse mostrar uma parte, a parte mais lisa e sem fissuras. Meu corpo é uma prova de que não controlo ; tenho muitos pelos. foliculites, braças,coxas grossos, barriga gordinha e seempre quis me esconder, quis esconder minhas imperfeições, seduzida sim pela normatividade facista, que de outro lado me fez odiar a no

We used tô wait

Eu sempre gostei de cabelo desgrenhado Dias nublados Janelas de ônibus Sentar sozinha em dois bancos Cores que saltam os olhos Caminhos longos sem trânsito Músicas em inglês Arcade fire, the kilkers, Bjork Some things never change

Tecelagem: Domingos de terra e ar * escrevivência*

Aos domingos cada uma faz suas tecelagens Nas ruas os torcedores gritam por um gol de um time que nunca sei qual é Aqui eu fecho as janelas para os carapanãs não entrarem, já são seis horas Não teve horário deverão por veto presidencial, eu não me importei Me importo muito pelas bobagens presidenciais, mas essa não Aos domingos lavo as roupas, tiramos do varal, dobramos, organizo o que usarei na semana Acho que preciso organizar meus papéis Ele conversa com os amigos no computador, ele faz isso toda hora Diz querer ficar comigo, mas faz isso toda hora Diz que estar estudando, mas faz isso toda hora Eu mudo de cômodo, não gosto de gritos, fecho q porta com força Sou da terra, ele disse, e eu pensava que fossemos do ar, do ar é só ele, um peixe que voa Deixei morrer um cacto do Mas logo eu que sou da terra não sei cuidar de plantas Não sei deixar de falar meus incômodos pra ele Sempre acho que vou ficar calada, mas falo Cuidar de plantas precisa estudo,

Escrever sem

sem música de plano de fundo, num computador que não é o meu e com vontade de ir ao banheiro. Nesses primeiros dias de 2019 recorro ao blog. A vontade de ir ao banheiro aumenta. Frio na barriga. Acabei as graduações, a longa jornada de 8 anos da qual tanto me debrucei, me entusiasmei, errei, aprendi, cai, construí, os tijolos estão postos, mas a construção não sei definir qual estilo tornará, ora surrealista, ora clássica e acessível, ora fazendeira, oras. Desconforto assentado. Penso num tédio, numa ociosidade de não ter mais as obrigações, as provas...o que fazer agora? Trabalho, sim, trabalho, mas p onde? Saúde mental? Grande instituição + clínica. O oráculo me disse que o caminho que quiser eu seguirei, mas qual será mesmo? Talvez entre num ritmo bom, converse com os mestres...ora, m flerte com a loucura/ absurdo que me guiam é puramente no papel. Compraria um carro, ficaria nos dois jobs, e a clinics? e o conforto. 25 hrs por semana. Muitas brigas, muitas dúvidas. Calma,
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